Ford Maverick (1974) - O esportivo econômico

Em 1968, a Ford adquiriu a empresa brasileira Willys-Overland, cujos modelos estavam visivelmente obsoletos. Por esse motivo, a missão do Maverick foi fazer frente ao Chevrolet Opala, e para isso repetiu-se a estratégia de aproveitar elementos mecânicos já existentes, que, neste caso, eram o motor e a transmissão do Aero-Willys. O Maverick brasileiro foi exibido no Salão do Automóvel de São Paulo de 1972, mas não chegou ao mercado até junho de 1973. No Brasil, o primeiro Maverick foi sorteado ao público como estratégia de divulgação. Apesar de sua origem humilde e uma potência às vezes comprometida, o Maverick conquistou o coração de seus proprietários graças ao seu bom desempenho e baixo custo de manutenção.

ALPINE-RENAULT A 310 (1972) - A nova geração

Quando foi apresentado ao público no Salão de Genebra de 1971, o Alpine A 310 possuía um motor 1.6 de 4 cilindros derivado do mesmo motor do Renault 16 TS. Não era a mecânica esperada para um carro que deveria ser, em todos os aspectos, melhor que seu famosíssimo antecessor, o A 110, tanto para ampliar a gama de modelos como para, finalmente, substituí-lo. Quando um carro aumenta de tamanho e peso, o preço de venda sobe e a intenção é trazer um status de carro esportivo claramente superior ao modelo que complementa ou substitui. Não pode ter o mesmo motor pois isso afeta o desempenho fazendo com que o publico acabe preferindo o modelo de menores dimensões, mais econômico e com melhor performance. O Alpine corrigiu este defeito 5 anos depois do lançamento do A 310, incluindo um motor PRV de 6 cilindros desenvolvido em parceria entre a Peugeot, Renault e Volvo (e por isso a sigla). Com este novo propulsor, agora sim à altura das expectativas, o A 310 se converteu no carro francês de serie mais potente de sua época e um rival direto do Porsche 911.